Férias e o perigo
- Li Ulhoa
- 15 de jan. de 2018
- 4 min de leitura
Primeiro post do ano!
Oba!! 2018 seja-bem-vindo!
Vamos falar do terror das mães: FERIAS e os perigos que vem junto com ela.
Nas férias escolares as crianças parecem estar ligadas em 220v, trazendo bagunça e muita diversão.
Mas é justamente neste período que aumenta o número de acidentes domésticos e nas praias/rios/piscinas. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de cinco mil crianças morrem no Brasil por ano em ocorrências dentro de casa.
Os casos mais comuns, conforme levantamento do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, são de queimaduras, quedas, fraturas, asfixia e afogamentos. Acidentes com o uso de cerol também têm um salto neste período.
Vamos ficar atentos:
Cozinha/área de serviço

- Nunca deixe as panelas no fogo com os cabos voltados para fora. A curiosidade das crianças pode provocar queimaduras graves. - Nunca guarde produtos de limpeza em garrafas de refrigerante ou de outras bebidas que possam confundir as crianças. - Talheres, principalmente faca e garfo, devem ser mantidos longe do alcance das crianças. - Cuidado com baldes cheios de água e nunca deixe a máquina de lavar ou tanquinho destampados. Evite afogamentos e proliferação do mosquito Aedes aegypti. - Fósforos e álcool devem estar fora do alcance.
Área externa
- Algumas brincadeiras nas áreas externas trazem grandes riscos. Um exemplo é o uso do cerol nas linhas das pipas. Evite cortes sérios e choques fatais na rede elétrica. - Pipas nunca devem ser soltas em lajes. O risco de queda é grande
Quarto/sala
- Todas as janelas devem ser protegidas com grades ou redes de proteção. - Cuidado com brinquedos, lençóis ou travesseiros dentro do berço que possam causar sufocamento. - Berços não devem ser posicionados próximo de janelas, para evitar que os bebês subam e caiam da janela. - Tapete escorrega e, por isso, devem ser evitados, ou deve ser usado um antiderrapante. - Para evitar choques, cubra todas as tomadas com tampa ou outra proteção, não deixe nenhum fio desencapado. - Para evitar tropeços ou sufocamentos, prenda todos os fios dos aparelhos com canaleta ou mesmo fita adesiva. - Cuidado com móveis de quinas afiadas. Mantenha os móveis longe de janelas e cortinas. - Armas de fogo devem estar sempre trancadas e a munição deve estar guardada em outro local.
Banheiro
- Crianças mais novas podem se afogar com apenas 2,5 centímetros de água, por isso, mantenha a tampa do vaso sanitário sempre fechada. - Para evitar queimaduras, teste com muito cuidado a temperatura da água para os banhos das crianças. - Todo o cuidado com banheiras, um simples descuido pode causar afogamento. - Medicamentos e produtos de higiene devem ficar fora do alcance.
O afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Pode acontecer em um breve momento em que a criança encontra-se sem supervisão. Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.
Por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar até mesmo em recipientes com apenas 2,5 cm de água.
Dicas de prevenção
Geral
Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio;
Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
Piscina
Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes;
Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água.
Águas naturais
Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas;
Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.
Ambiente doméstico
Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis;
Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.
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